Nossa História

Nós, Marilia de Queiroz Telles, Regina Barossi e Sueli Valades, que atualmente, a convite de Zulma Reyo, coordenam as atividades da Alquimia Interior aqui no Brasil, consideramos ser inevitável recordar o início da promissora oportunidade que se apresentou para nós três e para centenas de outras pessoas.

Num fim de semana em 1989, fui convidada a assistir uma palestra, saí às pressas de minha casa, em direção à FAAP-SP e, aguardei a minha cunhada no local que havíamos combinado. De imediato fui atraída para um estande dentre os muitos que havia no saguão. De olho no que neste estava exposto e, atenta ao movimento ao meu redor, senti a aproximação de uma figura feminina, esguia, de aparência doce e harmoniosa que ao meu lado se postou e comunicando-se num “portunhol” naturalmente se impunha. Mal sabia que minha mais deliciosa e surpreendente aventura para dentro de mim mesma ali se principiava…

Após assistir a palestra, ao lado de mais outras vinte pessoas, fomos fazer a inscrição para o workshop “Morte e Renascimento”. Que decepção para muitas de nós, pois as vagas estavam esgotadas. Inconformada, liguei-me ao meu querer interior que rapidamente se avolumava e, de repente me vi sugerindo aos organizadores que fosse feita uma lista de espera para interessados no trabalho. Ao mesmo tempo, Zulma se aproximou do grupo e, ao tomar conhecimento do que estava ocorrendo, se dirigiu a nós e com doçura e firmeza nos assegurou que, dentro de no máximo trinta dias, retornaria ao Brasil e atenderia ao nosso pedido.

Pois bem, enfrentei o processo de “morte” ao lado de minha cunhada e de meus dois irmãos. Alguns meses mais tarde, já como membro da equipe, acompanhei minhas outras duas irmãs neste mesmo processo. Fui como que renascendo para viver e testemunhar sobre o fio invisível que pouco a pouco foi iluminando pensamentos, emoções e fortalecendo meu corpo.

Zulma fixou residência em São Paulo e suas palestras, cursos e workshops alcançaram milhares de pessoas e, pelo tempo que permaneceu no Brasil dedicou-se pessoalmente ao intenso treinamento de sua equipe de assistentes. Criou diversos outros processos que foram ofertados ao público em formato de workshops, citando alguns: Karma e Sexualidade, Percepção e Discernimento, Princípios de Alquimia Interior, a tríade de trabalhos envolvendo Princípios, Processo e Treinamento de Quintessência, O Eterno Presente. Simultaneamente escrevia e era convidada para palestras em outros países como Argentina, Paraguai, Inglaterra, Alemanha, México e Espanha.

A expansão de seus trabalhos no Brasil levou-a a fundar o Centro de Alquimia Interior, onde, sob sua supervisão passou-se a dar atendimentos individuais. Ofertou-se grupos de estudos e pesquisa que foram formados com a participação direta dos profissionais da sua equipe, especializados em diversas áreas como medicina, psicologia, comunicação, fonoaudiologia, educação física, artes marciais e em geral, engenharia e terapias corporais, energéticas e integrativas.

Atividades voltadas aos mais variados públicos de crianças, jovens, adultos e idosos foram instituídas e novas abordagens foram desenvolvidas pelo Programa de Atendimento Integrado (PAI) e nas oficinas da Clínica Psicológica. Em 1999 ampliam-se as atividades deste Centro passando a atuar também como Universidade de Consciência. Este projeto, ousado e inovador para a época, conduzia os participantes a um amplo programa de treinamento nos Princípios e Práticas de Alquimia Interior.

Temos convicção que para a maioria das pessoas que participou das atividades do Centro de Alquimia Interior ao longo dos vinte e poucos anos, a qualquer momento que lançar um olhar para dentro de si mesma, saberá reconhecer-se em sintonia com a sua essência, conectada com a qualidade vibratória sustentada por sua presença. E, poderá também acessar as nuances e formas de comunicação com o verdadeiro centro de sua existência, em sutil ou exuberante reverberação com toda a Criação.

Em 1997, Zulma passa a residir na Europa em definitivo e é em Maiorca que permanece por mais tempo. Floresce então lá a constelação de seu mais recente trabalho “Mistérios Femininos”, inspirado na sensibilidade e nos poderes da mulher que é a portadora e catalisadora de Luz, o fundamento central deste novo ciclo evolutivo que adentramos e que por muitos e muitos séculos perdurará.

A importância deste novo trabalho levou-a a apresenta-lo também na Argentina, na cidade de Corrientes, facilitando o acesso a todas as pessoas interessadas que se encontrem na América do Sul e mais recentemente também é oferecido aqui no Brasil.

Sem nunca havermos perdido contato e plena conexão com Zulma, em várias oportunidades pudemos nos fazer presentes aos seus trabalhos no exterior e dar-lhe apôio, além de prosseguimento ao nosso aprendizado. Ao mesmo tempo, aqui no Brasil, algumas pessoas que haviam participado dos trabalhos da Alquimia Interior e, dentre essas, integrantes da hora primeira de sua equipe, reuniam-se semanalmente.

Dedicávamos ao estudo e aplicação dos conceitos das suas periódicas publicações e dos ensinamentos de Stylianos Atteshlis, um cidadão cipriota conhecido como Daskalos, a quem rendemos nossas homenagens e expressamos nossa gratidão por sua presença e passagem entre nós.

Esse mestre esotérico cristão, amigo e um querido irmão-guia, esteve no Brasil, a convite de Zulma Reyo, pouco tempo antes de seu falecimento e, no Centro de Alquimia Interior selou seu compromisso de apoiar intimamente todo povo brasileiro para que pudéssemos ensinar e difundir o propósito da vida, desenvolvendo nossa compreensão para o importante legado da herança divina entregue aos nossos cuidados.

Em meados de 2012, pelos vínculos de aprendizagem mantidos com Zulma, recebemos material a respeito dos “Kobdas” (*1), citados em obras de vários volumes de Josefa Rosalia Luque Alvarez, como “Origens da Civilização Adâmica” e “Harpas Eternas”. 

Inspirados por esta fonte, em março de 2013, após contatarmos todas as pessoas de nossas relações, antigas participantes de workshops e trabalhos desenvolvidos pelo Centro e pela Universidade da Alquimia Interior, passamos a promover encontros mensais gratuitos.

Nesses encontros temos por objetivo pesquisar, vivenciar e dialogar sobre o sentir, pensar e agir, dando acompanhamento à aplicação dos princípios e conceitos da Alquimia Interior em nosso cotidiano. Todo trabalho desenvolvido, quer seja de caráter individual ou coletivo, tem por intuito apoiar uns aos outros para juntos conhecermos e compreendermos a respeito da identidade energética de cada um, bem como suas habilidades interiores e assim, vivenciarmos e darmos sustentação à sintonia com o nosso “Eu Superior” para servir ao nosso entorno e ao planeta, mantendo-nos conscientes sob o comando da Vontade Superior.

Qualquer pessoa que se interesse pelo que expusemos considere-se convidada a conhecer este grupo e a participar das atividades que são desenvolvidas, para que a partir da reestruturação pessoal possamos nos dedicar à do mundo em que vivemos. Este é o nosso propósito básico.

Nosso espaço de convívio é também um espaço para ser seu.

Texto: Marilia de Queiroz Telles
Revisão: Regina Barossi e Sueli Valades

(*1) SOBRE OS KOBDAS
Em “Origem da Civilização Adâmica”, os “Kobdas” são citados como civilizadores pertencentes a uma Escola de Alta Sabedoria do Antigo Egito. Constituíram uma vasta instituição científica e filantrópica consagrada ao desenvolvimento das elevadas faculdades espirituais e ao bem da humanidade.

Buscavam incansavelmente o porquê de todas as coisas e ensinavam que cada civilização, coletividade, raça e indivíduo vêm à vida terrestre com um programa a cumprir e, na dependência se bem ou mal cumprido, estaria vinculado, tanto o progresso e a evolução de cada indivíduo e coletividade, como a degeneração e até mesmo o desaparecimento de civilizações, dinastias e raças além de todas as doutrinas às quais haviam dado sustentação.

O termo “kobda” tinha dois significados. Um deles era “coroa”, uma referência simbólica indicativa do mais alto nível que um ser humano poderia alcançar na terra, após ter dominado suas paixões mundanas, o que o conduziria ao uso da coroa e à natural aplicação da justiça, amor e paz em seu entorno. O segundo significado encerrava o lema praticado por todos e que pautava suas relações: “Extrair o mais belo de todos e de todas as coisas”.

Aplicavam esta conduta e postura em face de toda manifestação de vida, mesmo nas situações mais dolorosas, angustiantes e difíceis que, muitas vezes pareciam não ter solução.
Considerados como os “Apóstolos da Paz e do Amor”, adotaram “NUMU”(*2) como símbolo inspirador para a obra que iniciaram e que os projetaram por haverem se dedicado e comprometido a difundir e a praticar em suas vidas, de forma extraordinária e inabalável, o quê compreendiam estar contido no postulado da afirmação: “O Amor é o Mago Divino que a todos salva dos abismos”.

(*2) “NUMU”, um pastor da cidade de Mirt-ain-Mari, foi o escolhido pela filha de um dos reis lêmur, da dinastia dos Hakiosrais, para ser seu esposo e, juntos governaram aplicando ao seu reinado e para o seu povo o que lhes foi inspirado pelo “Princípio-Inteligente_ O que pensa e ama, impulsiona ou retém, cria e age”.